Compromissos fortes geram actividades executadas de forma eficiente e produtiva e propiciam processos de mudança e aceitação de desafios, sem barreiras e boicotes. Quando se fala de compromisso estamos a trabalhar no âmbito das pessoas, mas com um objectivo claro e inequívoco de optimizar as organizações e melhorar os seus resultados.
Inevitavelmente, conforme vamos crescendo, somos sujeitos a diversos e diferentes formas de compromisso.
Todavia, o significado é sempre o mesmo: compromisso com a escola, compromisso com os pais, com a fé, com a carreira profissional, compromisso com o trabalho, compromisso com a relação romântica, compromisso com a família, compromisso com os amigos genuínos, compromisso com valores, tradições, regras e convicções.
O compromisso, na nossa cultura, está então associado à coerência e à integridade de um conjunto de valores e princípios. O compromisso distancia-nos do ego(ismo) em prol do bem da comunidade; comungamos de causas e valores morais transversais à sociedade.
Uma sociedade sem compromisso torna impossível fazer cumprir as regras da comunidade ou enraizar os valores morais fundamentais nas novas gerações.
Em paralelo, se nada fizermos para garantir um conjunto de valores e princípios nas organizações e empresas, elas nunca passarão de um estado quásia-morfo, repletas de ineficiências e incoerências, e habitadas por colaboradores acomodados e gestores (des)focados em práticas duvidosas.
Eliminemos do nosso vocabulário institucional palavras como lealdade, fidelidade, e outras semelhantes, passando apenas a incidir o nosso foco na palavra compromisso. Tal como a fome e miséria impedem a eliminação do terrorismo, o compromisso condiciona e determina a implementação com sucesso de qualquer novo e adequado.
O compromisso condiciona a implementação com sucesso de qualquer novo e adequado sistema de trabalho.
Pergunto-me, várias vezes, porque se investe tanto dinheiro na modernização e criação de melhores modelos de gestão, sem criar as condições mínimas para que eles possam ter algum efeito benéfico nas organizações. Uma cultura de compromisso antecede ou, no mínimo, deve acompanhar qualquer mudança ou transformação nas instituições. Sem compromisso nada é implementado de forma sustentada e duradoura.
O compromisso é um valor que se cria e desenvolve numa cultura de confiança e credibilidade, mas também com disciplina para com quem não quer alinhar. Os exemplos vêm de cima (... como em quase tudo na vida) e com pedagogia e controlo apertado consegue-se ir criando um hábito, que vai ser vital aos propósitos de evolução institucional, mas, curiosamente, também muito útil em termos sociais.
Compromissos fortes geram actividades executadas de forma eficiente e produtiva e propiciam processos de mudança e aceitação de desafios, sem barreiras e boicotes.
Quando se fala de compromisso estamos a trabalhar no âmbito das pessoas, mas com um objectivo claro e inequívoco de optimizar as organizações e melhorar os seus resultados. Compromisso é a base de qualquer sociedade que se pretenda evoluída ou em evolução...
Fonte: EXPANSÃO